A história corporativa é um cemitério de gigantes que não falharam por falta de recursos ou inteligência, mas por um excesso de certeza em modelos que já estavam mortos.
A Kodak não faliu por ignorância tecnológica (ela inventou a câmera digital!), mas porque sua liderança estava tão convicta de que o filme fotográfico era intocável que suprimiu a inovação. Da mesma forma, a Blockbuster não desapareceu por falta de dados, mas pela arrogância de acreditar que o streaming era um nicho irrelevante.
Em ambos os casos, a “performance” interna para manter o status quo era altíssima, mas a direção era fatal.
O mesmo aconteceu com a Nokia e a Blackberry. Executivos “brilhantes” convenceram a si mesmos de que (entre outras “pérolas”) o teclado físico era superior à experiência de software do iPhone. Esses exemplos provam uma verdade dura:
⚠️ “Alta performance” aplicada a uma estratégia obsoleta é apenas uma maneira mais rápida de atingir a irrelevância.
A verdadeira sabedoria corporativa não está na eloquência com que se defende uma ideia, mas na humildade de validar se a montanha que estamos escalando com tanto esforço é, de fato, a montanha certa.
Muitos impérios não ruíram por falta de gestão, mas pelo excesso de líderes que, cegos por suas certezas, conduziram suas organizações para o abismo com total aprovação de seus pares.
Em contraste, vejo um fenômeno assustadoramente similar aos “teóricos da terra plana” no mundo corporativo. Profissionais que defendem estratégias equivocadas com tamanha propriedade que são confundidos com visionários. Essa incompetência disfarçada é perigosa porque adota a estética da alta performance:
- 🗣️ Oratória impecável;
- 🎯 Convicção inabalável;
- ✨ Carisma de palco.
Mas carece completamente de fundamento técnico e conexão com a realidade, criando uma bolha de ilusão onde o erro é defendido como verdade absoluta.
A repetição desse padrão de “efeito manada” foi um dos combustíveis que geraram a inconformidade necessária para romper com o teatro corporativo e estruturar o método do MBA lite.
Antes de acelerar na segunda-feira, pergunte-se: você está construindo o futuro ou apenas otimizando o passado?
Na sua empresa: a cultura valoriza quem questiona a rota ou quem apenas rema mais rápido?